“Minha família inteira é Adventista do Sétimo Dia, então vocês podem imaginar como era difícil jogar Mortal Kombat.
Uma vez, o pastor resolveu fazer uma palestra, cujo tema era o Perigo dos Videogames. Ele estava planejando levar alguns recursos visuais, já que a palestra era para jovens, e eu acabei sugerindo levar meu Super Nintendo, e mostrar um jogo que meu primo tinha, que era o mais demoníaco que eu conhecia.
Claro que eu adorava o jogo, e a sugestão era só uma desculpa pra tentar levar o videogame, que eu não achei que ia colar. E não é que ele aceitou?
Na hora da palestra, foram todas as crianças e jovens da igreja para uma sala, onde eu expliquei que, pra mostrar as partes ‘satânicas’ do jogo, eu precisaria jogar!
Então o que era pra ser uma lição contra os videogames, acabou virando um monte de muleque enlouquecido, pedindo a vez pra jogar aquela obra de satanás, e dizendo saber fazer esse ou aquele fatality que o outro não sabia.
O pastor ficou injuriado, mas foi um dos dias mais felizes da minha vida.”
Thiago Henrik, 24
Manaus/AM
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